O SEBRAE do Rio Grande do Norte realizou na manhã desta sexta-feira, 17, um evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher convidando para um talk show (programa de entrevista) a reitora Ângela Paiva Cruz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e a presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargadora Judite Nunes. O evento foi aberto pelo presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE/RN, Sílvio Bezerra, que parabenizou as mulheres afirmando que “todo dia é dia da mulher”.
Conduzido pela jornalista Vânia Marinho, o talk show teve o objetivo de partilhar com as funcionárias e colaboradoras do SEBRAE a história profissional, conquistas pessoais e experiências adquiridas por cada uma das convidadas, levando em conta sua condição de mulher.
Antecipado por um café da manhã oferecido a todos os funcionários e convidados, o evento realizou-se no auditório do SEBRAE, a partir das 9h, com abordagens de assuntos relacionadas à história de vida de cada uma, culminando com as trajetórias e as funções ocupadas atualmente.
A reitora Ângela Paiva Cruz falou do grande desafio de compartilhar o trabalho e a vida de mãe e esposa, destacando que ocupar um cargo de relevância e ter mobilidade familiar é resultado de muita determinação.
Questionada sobre os avanços da mulher na sociedade atual, a desembargadora Judite Nunes reconheceu que já houve uma ruptura na história da mulher, mas afirmou que ainda há muito a conquistar.
A reitora Ângela Paiva destacou os avanços, o pioneirismo do Rio Grande do Norte e a atual gestão da UFRN, onde há certa paridade na ocupação dos cargos. Mas ainda há resistência na própria universidade brasileira, disse ela, acrescentando que em 59 universidades federais, apenas 12 têm reitoras.
A política de enfrentamento à violência contra as mulheres foi outro aspecto abordado, com referências à Lei Maria da Penha, pelas convidadas, que reconheceram o esforço que está sendo feito, mas “é só um começo”, disse a desembargadora Judite. A reitora da UFRN afirmou que as políticas públicas precisam ser melhoradas, mas reconhece que a Lei Maria da Penha foi um marco histórico.
Ângela Paiva defende a educação como pressuposto para diminuir essa desigualdade que ainda existe entre o homem e a mulher. É preciso ressaltar que a mulher é maioria nas universidades do mundo inteiro, informou. “As famílias precisam investir na educação, pois a ideia de casar, em detrimento de uma profissão, ainda permeia os sonhos das jovens brasileiras”.
“Acredito que o elemento transformador seja a educação, definitivamente”, disse a reitora da UFRN.
A reitora também defendeu a inclusão do aluno da rede pública na universidade como fator de justiça social. Na UFRN, informou, as políticas de inclusão têm aumentado o número de aluno da rede pública e esse acesso poderá ser ampliado.
A política de estágio como elemento formador também foi outra questão abordada e as convidadas foram unânimes em sua defesa. A reitora Ângela Paiva, que considera fundamental para o futuro profissional, destacou também que o espírito de empreender é estimulado dentro da universidade, assim como a inovação.
Aliás, “a questão da inovação tecnológica e do empreendedorismo é uma meta que está em nosso plano de gestão. As universidades estão dando uma atenção maior aos mestrados profissionais. É uma tendência que vai qualificar a pessoa que está no mercado de trabalho”, afirmou.
A homenagem à mulher foi encerrada pelo superintendente do SEBRAE/RN, Zeca Melo, e feita a exibição de uma matéria sobre Nísia Floresta produzida pela TV Universitária.
FONTE: Portal da UFRN